Foto: Imagem de Christian Abella por Pixabay
Quando um bebê nasce, um dos procedimentos mais importantes pelos quais ele passa é o “teste do pezinho”, também conhecido como “triagem neonatal”.
Esse exame consiste em coletar algumas gotas de sangue do calcanhar do bebê e deve ser feito entre o 3º e o 5º dia de vida da criança. O teste tem o objetivo de diagnosticar doenças genéticas ou metabólicas que podem levar à deficiência intelectual ou causar prejuízos à qualidade de vida.
Em 6 de junho se comemora o Dia Nacional do Teste do Pezinho, e a APAE de São Paulo e a União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (Unisert) estão lançando a terceira edição da campanha “Junho Lilás”, para conscientizar a população sobre a importância do teste.
O teste é obrigatório para todos os recém-nascidos e gratuito na rede pública de saúde.
No SUS, são seis doenças que podem ser detectadas pelo exame: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Se o resultado do teste do pezinho estiver alterado, a família e o ponto de coleta são contatados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) e o bebê é convocado para fazer novos exames, que podem confirmar ou excluir a doença para a qual a triagem resultou alterada.
Já na rede particular, muitas maternidade oferecem versões mais amplas do teste do pezinho. O tipo mais completo pode diagnosticar mais de 50 doenças. Portanto, os pais que desejam pagar pelo teste mais completo devem solicitar as opções disponíveis na sua maternidade.
Porém, caso a criança receba alta na maternidade, esteja na UTI neonatal ou seja transferida para outro hospital sem a realização do exame, o hospital deverá fornecer um formulário com o local e a data da coleta do sangue do bebê.
E, caso os pais desejem realizar um teste que não esteja disponível na maternidade ou para casos de partos domiciliares, eles devem entrar em contato com alguma clínica, maternidade ou hospital que ofereça o exame, ou com um centro de referência, como a APAE, para agendar o procedimento.
As doenças mais frequentes encontradas pelo exame são o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme, que juntas somam uma média de 77% dos casos diagnosticados na rede pública.
O teste deve ser feito nos primeiros dias de vida do bebê por causa do início muito rápido dos sinais e sintomas de três das seis doenças detectadas pelo teste: hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita e fenilcetonúria.
Atenção aos prematuros
Todos os bebês que nasceram prematuros ou que receberam transfusões de sangue devem realizar duas coletas: a primeira após 48 horas de vida e a segunda com 120 dias após a data de nascimento ou da última transfusão.
A prematuridade e a transfusão podem interferir na identificação da doença falciforme e outras hemoglobinopatias, por isso a importância de retornar para realização da segunda coleta.
Fontes: APAE, Ministério da Saúde